quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Metaforicamente exponho


Falemos, pois, do medo. Daquilo que nos traz inquietação, mediante um perigo real ou imaginário. Divago trabalhadamente partindo-me da pequenez dos fatos e mergulho no Oceano (pouco) Pacífico de minha mente, cujo desassossego procede somente de um sopro, e me questiono se tal tempestade se traduziria em apenas ondas de cunho (real) Pacífico.
Remetendo a temas hidratados, será, então, perpicaz  marter-me sentada nas bordas da fonte que seja, para que molhe os pés, de modo a evitar hipotermia, afogamento ou feridas de ataque? Sabe-se que já é deficiente o elemento de Cá e, portanto, a cicatrização será letárgica. A dor perduraria.
Permita-me um devaneio: intercorrências das quais não se tem certeza de solidez.
Viver conforme a incerteza é um método que nos prega peças. Nos prega peças também, dar braçadas em todos os mares do mundo. E permanecer em águas mornas não é pouco, nem demais! Sou adepta a extremos. Às águas que transbordam. Que transbordem satisfações, ou lágrimas mesmo.
Permita-me um segundo devaneio: sou adepta à intensidade.

5 comentários:

  1. Em nada vc perde, querida!

    "Nos prega peças também, dar braçadas em todos os mares do mundo. E permanecer em águas mornas não é pouco, nem demais! Sou adepta a extremos."

    Texto sobre vc, mas vc sabe: poderia ser sobre mim.

    adorei =**

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  2. "sou adepta da intensidade"

    somos amiga!

    nao poderia ter dito melhor!
    menina, pirei! nao sabia q tinha outra amiga escritora desse nivel!!!
    =x

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  3. Que coincidência falarmos sobre o medo.
    E mesmo tenho escrito um texto sobre isso, ainda assim, me identifiquei com o teu. Acho que as minhas idéias, as suas, as da laíza, da samantha, e de mais outras blogueiras por aí se completam..
    Nossos sentimentos são os mesmos, a diferença é que nós somos únicas, e expressamos do nosso jeito (ainda bem).
    Parabéns por outro texto leve e ótimo de se ler, Wanessinha ;)

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  4. Senso comum, prudência, inquietação, temor, pavor, pânico, síndrome... Segredos do Oceano (pouco) Pacífico da mente, a proceder muitas vezes de um sopro imaginário, outras tantas do real (i)mediato. Tal escala, de prática a doentia, não prevê devaneios, quanto mais os citados!
    Ah! Permitir-se devaneios tais é buscar a outra praia desse Oceano! Ir ao outro extremo e (loucura!) para além... Largar síndrome, pânico, pavor, temor, inquietação, prudência, senso comum, e chegar à ousadia nonsense, onde muitas águas que transbordam são de fato lágrimas, moeda com que às vezes pagamos a taça de intensidade sorvida até o último delicioso gole...
    Ah! Eu, marujo, ferroado por certa abelha rara, vivo certas crises dessa ousadia inopinada, e quando o senso me volta, preciso rever o que pensei, que disse ou que fiz... Mas trago um brilho no olhar!
    Um brinde ao texto excelente, à autora especial e ao seu ser formidavelmente ousado. Velas ao vento!
    Um abraço carinhoso
    Lello

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  5. Bom... Escreve a muito tempo?
    Dá uma olhada awe e veja o que acha companheira:
    www.criacional.blogspot.com
    (recomendo "O Ourives" ou qqr outro com a tag "Criando Idéias Fascinantes").

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